Autismo é uma palavra de origem grega que significa por si mesmo. É um termo usado para denominar comportamentos humanos que se centralizam em si mesmos.
Vivemos em uma sociedade com padrões pré-estabelecidos, onde qualquer um que esteja fora deles, é excluído em uma primeira vista. Esse é um paradigma que buscamos quebrar. Embora que ainda haja resistências por parte de alguns, temos muito a aprender com as diferenças. Esta é a sociedade que uma criança com necessidades especiais, bem como sua família, se depara ao buscar apoio especial.
Diante desta realidade, a importância de abordagens a respeito do autismo, para que se possa alcançar um melhor entendimento. Sendo assim, é fundamental conhecer o transtorno para uma melhor intervenção, tendo como objetivo geral conhecer as especificidades de cada indivíduo.
As instituições surgem das necessidades sociais, em um processo de desconstruções de conceitos e paradigmas. Isto é, superação de um modelo centrado no conceito de doença, para tratar o sujeito em sua existência e em relação com suas condições concretas de vida.
As terapias tornam-se criações de possibilidades concretas de sociabilidade, introduz novos sujeitos de direto e novos direitos para os sujeitos. De uma prática que reconhece, inclusive, o direito das pessoas mentalmente enfermas em receberem um cuidado verdadeiro, uma terapia cidadã. Sendo uma questão de base ética, a escolha da sociedade brasileira, dará forma de como vai lidar com aqueles em desvantagem social.
Qualificar a pessoa autista de incapaz, inacessível, incomunicável, é o mesmo que colocá-la em um poço de sofrimento. Pensamos ser necessário e urgente desconstruir o convencional, deixando de nos relacionar com a pessoa a partir do que esperamos dela para nos relacionarmos com ela. Aprendemos coisas diferentes, de uma maneira diferente, por motivos diferentes e com resultados diferentes.
Os pais passam a ser aliados, participando ativamente das terapias, visando atingir o nível máximo de desenvolvimento de seus filhos, seja através de atividades estruturadas, seja através da modificação do ambiente, de cooperação mútua. O planejamento leva em conta as etapas de vida do indivíduo e a eficácia depende da experiência e do conhecimento dos profissionais sobre o autismo e, principalmente, de sua habilidade de trabalhar em equipe e com a família.
Com a filosofia humanista empregada na cultura organizacional, a AMA Videira vem colaborar com as famílias em um processo de valorização do indivíduo, dentro de suas capacidades e potencialidades, priorizando o Eu de cada assistido.
Enaltecemos o trabalho realizado pela equipe de profissionais, que buscam o melhor para cada assistido e desempenham suas atividades com dedicação ímpar. Não menos importante, é o apoio e suporte de toda comunidade, de todos os voluntários, abraçando a causa por aqueles que necessitam.
Como pais de uma criança com Autismo, buscamos ações para o desenvolvimento, autonomia, respeito, bem-estar, socialização, aprendizagem, entre outros pontos importantes que visam um futuro de qualidade. Acreditamos fielmente que a somatória dos esforços renderão bons frutos.
Por Adelar de Matos, presidente em exercício da Associação dos Amigos dos Autistas de Videira e pai do Benjamin.